ALERTA: Este artigo contém spoilers de Smile e Smile 2.
A franquia Smile rapidamente se consolidou como um dos mais recentes sucessos do gênero de terror, aterrorizando o público nos últimos anos. Com o lançamento da sequência em 2024, a história não apenas trouxe novos elementos, mas também preparou o terreno para uma possível terceira parte. A nova entrega aumentou a aposta ao expandir o número de vítimas e testemunhas do assassinato final, colocando ainda mais pessoas em risco do que nos filmes anteriores. Isso levanta questionamentos: estamos prestes a ver um aumento alarmante no número de mortes? Um pânico nas ruas? Ou será que isso poderá ser um indicativo de um fracasso para os criadores da franquia?
A transição de enredos mais ousados pode ser arriscada; muitos filmes de terror, ao tentarem inovar, acabaram decepcionando o público. Esperamos que Smile não siga esse caminho. O desfecho de Smile 2 é impactante: a protagonista e estrela pop Skye Riley (interpretada por Naomi Scott) se prepara para seu grande show no Herald Square Garden, apenas para perceber que tudo o que viveu foi uma ilusão criada pela entidade Smile, conhecida como “Smiler”. Durante a performance, ela se depara com o monstro e acaba possuída. Em um momento de horror, Skye sorri para a plateia e se esfaqueia brutalmente no olho com seu microfone. Essa cena não só é mais brutal do que a morte de Rose Cotter (Sosie Bacon) no primeiro filme, mas também condena todos que assistem ao show durante o ato.
Uma Nova Era de Horror
Smile se destaca entre outros filmes de terror lançados na última década. A obra It Follows, por exemplo, apresenta uma narrativa em que uma criatura desconhecida persegue sua vítima amaldiçoada até a morte. Outros títulos, como Truth or Dare (2018) e The Ring (2002), também exploram forças sobrenaturais que buscam eliminar suas vítimas em um prazo determinado. A entidade Smile se comporta como um parasita, consumindo suas vítimas antes de avançar para a próxima, semelhante a Samara Morgan, de The Ring, que mata suas vítimas sete dias após assistirem à sua fita amaldiçoada. A única forma de escapar desse destino é replicar e mostrar a fita para outra pessoa.
Desafios para o Futuro de Smile
A terceira parte de The Ring, lançada em 2017, é um exemplo importante para os fãs de Smile prestarem atenção. Assim como Smile 2, Rings expande as regras estabelecidas no filme original, afetando um número maior de vítimas. Nesse caso, o vídeo amaldiçoado se torna viral, sendo compartilhado por e-mail. Uma dinâmica semelhante ocorre em Truth or Dare, onde a protagonista, Olivia (Lucy Hale), utiliza um vídeo para estender seu jogo e conquistar mais tempo para sobreviver.
Com uma multidão inteira de novas vítimas em Smile 2, qualquer potencial terceira parte terá que navegar com cautela, levando em conta os filmes anteriores. Tanto Rings quanto Truth or Dare enfrentaram dificuldades críticas e financeiras, e suas conclusões abertas deixaram espaço para sequências questionáveis. As críticas à Blumhouse Productions apontaram um “retrocesso” em comparação a sucessos anteriores como Get Out e Happy Death Day. Rings, em particular, teve uma aprovação de apenas 8% no Rotten Tomatoes, sendo considerado um “trabalho malfeito” por muitos, que afirmaram que reutilizou tramas antigas e minou a mitologia dos filmes originais.
Expectativas para Smile 3
O diretor de Smile e Smile 2, Parker Finn, parece ciente desses desafios e revelou que já começou a trabalhar na terceira parte da franquia. Em entrevista à SFX Magazine, ele mencionou que ainda há muito a explorar. “Havia informações que eu tinha para mim que não foram expressas no primeiro filme, e que aproveitei para trazer para o novo, então Smile 2 está nos mostrando coisas novas”, afirmou Finn. Ele também comentou sobre as oportunidades que a franquia pode explorar em uma conversa com o Collider: “Acho que há muitos caminhos interessantes que qualquer futuro Smile poderia seguir. Para mim, o importante é garantir que a narrativa mantenha a intimidade, mesmo com um número maior de vítimas.”
Assim, embora a terceira parte de Smile tenha um longo caminho a percorrer para alcançar o mesmo reconhecimento que seus antecessores, a expectativa é alta. Os fãs certamente estarão ansiosos pelo lançamento, mas o sucesso dependerá da habilidade dos cineastas em evitar os erros do passado.
Atualmente, Smile e sua sequência estão disponíveis para streaming no Paramount+, com o filme original mantendo uma taxa de aprovação de 79% no Rotten Tomatoes, enquanto a sequência recebeu críticas positivas e é elogiada pela atuação de Naomi Scott.
O futuro da franquia está nas mãos dos criadores, que devem navegar por essas águas desafiadoras para conquistar o público.



Fonte: PopVerso