Documentários renomados como Eu Não Sou Seu Negro e A Guerra Invisível são apenas alguns exemplos do impacto da ITVS, uma organização que co-produziu mais de 900 filmes com cineastas independentes ao longo de 35 anos. No entanto, o futuro dessa colaboração está ameaçado após o Congresso dos EUA votar pelo desfinanciamento da Corporation for Public Broadcasting (CPB) em 18 de julho. A ITVS, que depende do financiamento da CPB, enfrentará um corte significativo de quase 9 milhões de dólares anuais a partir de 30 de setembro de 2025.
A ITVS foi criada em 1989 por um ato bipartidário do Congresso, com o objetivo de financiar conteúdos inovadores e diversificados produzidos por cineastas independentes. Em parceria com a PBS e outras iniciativas, a ITVS tem garantido que histórias sub-representadas sejam vistas na mídia pública. A PBS se destaca como a principal distribuidora de documentários independentes, oferecendo uma plataforma para histórias que não são priorizadas pela mídia comercial.
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Impacto do Corte de Financiamento
Nos últimos cinco anos, a ITVS investiu 44 milhões de dólares em documentários e trouxe 126 filmes ao público gratuitamente. O valor investido pelos contribuintes foi de apenas cinco centavos por americano. Esses recursos permitiram a produção de filmes com perspectivas únicas, como os mais de 70 filmes abordando questões de deficiência e a trilogia Matter of Mind, que retrata a realidade de famílias afetadas por doenças como Alzheimer e Parkinson.
Cineastas talentosos como Laura Poitras e Roger Ross Williams tiveram seus primeiros filmes co-produzidos pela ITVS, antes de seguirem para carreiras de sucesso na indústria. No entanto, sem o financiamento adequado, o número de filmes independentes americanos originais pode diminuir significativamente.
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O Papel Essencial da ITVS
A ITVS desempenha um papel crucial ao preencher lacunas financeiras e de programação, especialmente fora das grandes cidades, onde as oportunidades de financiamento são escassas. As histórias produzidas pela ITVS, muitas vezes focadas em justiça social e desigualdade estrutural, estão sendo marginalizadas nas grandes empresas de mídia. Com o desfinanciamento, os americanos terão menos acesso a conteúdos envolventes e críticos produzidos para o bem público.
A presidente e CEO da ITVS, Carrie Lozano, afirma que, apesar da perda de financiamento, a organização continuará a evoluir e buscará maneiras de continuar sua missão. Lozano destaca que a necessidade de narrativas profundas e significativas nunca foi tão grande, e a ITVS está empenhada em atender ao público onde ele está.
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Em um cenário mediático em rápida transformação, é essencial que o público tenha acesso a histórias que não apenas informem, mas que também inspirem e eduquem, proporcionando uma compreensão mais profunda do mundo ao seu redor.
Fonte: Hollywood Reporter